Sunday, February 28, 2010

pior noite!

Acabei de ter a pior noite da minha vida. Ontem fui a casa do Tiago e Anselmo fazer uns scones e acabei por ficar lá a jantar. Comecei a ficar mal disposta antes do jantar, a tremer imenso e muito enjoada. Nem consegui acabar de fazer o jantar, estive prai 1h deitada no sofá. Quando o jantar ficou pronto, fui a cozinha servir-me e quase nem consegui comer. Passado mais ou menos meia hora já estava a vomitar pela primeira vez. Depois fiquei muito melhor, então resolvi ir apanhar o metro para ir para casa (enquanto isso, sonhava com a minha cama, o meu pijama e a minha caneca de chá), achei q não ia vomitar mais. Mas pelos vistos estava enganada, comecei a ter muito calor, suores frios e vomitei na paragem de metro, e depois quando cheguei a casa e depois mais não sei quantas vezes durante a noite. O coitado do João ainda me esteve a dar apoio moral pelo skype, a chatear-me para eu ir fazer um chá e para beber água prai durante 1h (coitado, a cair de sono). Entretanto fui fazer o chá e lavar a bacia que tinha ao lado da cama e o Pedro estava acordado, disse que não conseguia dormir e peguntou-me se estava tudo bem. Eu disse-lhe que estava doente, que tinha vomitado imensas vezes e ele perguntou se eu queria alguma coisa ou se queria ir ao hospital e eu pedi-lhe para me fazer um chá. O chá entrou, e passado 20 min voltou a sair. Estive assim até as 5h30 e depois consegui adormecer. Acordei a morrer de sede (mas quando eu digo a morrer de sede, é mesmo a morrer de sede, eu bebo mais ou menos 3L de água por dia, pode-se dizer que sou uma pessoa que vive com sede,mas nunca tinha tido tanta como hoje, parecia que estava no deserto), bebi prai 1 litro de água e as 7h voltei a acordar para deitar tudo para fora. Bebi outro chá e até agora ainda não voltei a vomitar (graças a Deus). Estou a fazer uma canja, vou tentar come-la (e mantê-la cá dentro).
Apesar de estar a sonhar com a minha cama de Barcelona (que era a única coisa possivel naquele momento), o que eu queria mesmo era estar no Porto, na minha verdadeira cama e ter os meus pais e o joão para me fazerem chá e me segurarem no cabelo.
Entretanto tenho imenso que trabalhar porque tenho entrega na quinta-feira e não sei se vou conseguir. Hoje vou ficar de molho, a tentar não vomitar entre chás e canjas. Senão vou ter que ir ao hospital. Sexta-feira de manhã estou no Porto e já vou ao médico contar a minha aventura.
Nunca mais entro num restaurante Mexicano, não sei se foi por isso que fiquei assim, mas fiquei traumatizada.
beijo
luisa

2 comments:

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  2. É quando estamos fragilizados, doentes, que mais sentimos a falta de colo, da nossa casa de sempre, do nosso quarto, das nossas coisas. É isso que distingue os latinos, ou pelo menos os portugueses, dos restantes europeus que se desligam de casa e da família muito cedo sem qualquer problema e não entendem mesmo que nós digamos que temos saudades.
    É esse nosso "cordão umbilical" que tanto custa a cortar e que levou muitos da minha geração a não dar o salto até porque estavam muito bem do lado de cá.
    Poder-se-á confundir isso com falta de ambição? Vistas curtas? Não ter coragem ou espírito de aventura?
    Não sei, mas acho que não conseguiria desprender-me do Porto, do meu país, da minha família e amigos. Pois se eu nem consegui deixar a escola onde estou há 33 anos?!?!?!?
    Luísa, vais ver que vais sentir-te melhor amanhã, apta a fazer o trabalho para apresentar.Beijos. Mãe
    February 28, 2010 9:14 PM

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